quinta-feira, 27 de maio de 2010

Em cacos...


Como em um filme de faroeste, antes dos disparos, uma bola de feno e folhas passando.
o ruído ensurdecedor do vento ao pé do ouvido, não me leva até você- por que não está mais aqui- viro e disparo, uma, duas vezes.
E o que ouço são apenas os cacos do espelho caindo ao chão, que cansado de refletir sempre o mesmo rosto, se pôs diante da minha raiva e crítica ao explodir em pedaços.
o que vejo agora é apenas moldura, clássica e nem tão bonita. Mas vazia.
Por mais que tentamos mudar o passado por termos sidos duros e rudes, estavamos certos ao nosso ver, se não há como pedir desculpas. Não repetir já é o bastante.
Algumas vezes o que as pessoas enxergam em nós é o mesmo que vejo agora, apenas uma moldura vazia e cacos no chão.
Façamos o melhor para reconstruir esse reflexo e assim,alguém possa se enxergar no brilho dos olhos vermelhos de arrependimentos deste vazio na parede.
Se cada pedaço de vidro no chão representar uma lágrima,tenho certeza que andei quebrando espelhos por aí. Mas somos apontados por quebrar, e nunca por estarmos quebrados.
E vivemos assim, despedaçados procurando alguém para refletir...